Em julho de 2022, os pesquisadores latino-americanos do cooperativismo se encontrarão para compartilhar suas agendas de pesquisas. Pautará as discussões, como tema central do evento “o futuro das cooperativas e o cooperativismo do futuro: identidade e resiliência em tempos de (pós)pandemia”.
A motivação para esta temática advém da reflexão sobre o momento ímpar que estamos vivendo e os desafios e as oportunidades impostas por ele. Criatividade, resiliência e formas de sociabilidade mais solidárias se impõem para a superação de uma crise de tamanha envergadura. Nesse processo, a consolidação de uma identidade cooperativa solidária, capaz de fortalecer as capacidades dos sujeitos e a sustentabilidade do meio ao qual as cooperativas estão inseridas, pode impulsionar dinâmicas econômicas e sociais de grande alcance, atenuando os efeitos da crise.
O cooperativismo na América Latina, presente neste cenário, ganha expressividade como vetor de estímulo à ampliação da colaboração continental entre estudiosos e organizações, os questionamentos e as experiências trazidas pelos mais diversos especialistas – seja do mundo acadêmico, seja do movimento cooperativo – podem sinalizar novos caminhos para o fortalecimento do movimento cooperativo Latino Americano, na sua capacidade de superar crises e de responder às demandas da sociedade atual.
Assim, o XII Encontro Latino-americano de pesquisadores e pesquisadoras em cooperativismo – EILAC – se propõe a construir uma agenda de pesquisa relativa ao futuro das cooperativas e o cooperativismo do futuro. Junte-se a nós nesta discussão! Convidamos a todas e todos interessados a participar desse evento, remoto com extensão presencial, que acontecerá em Curitiba, Paraná, Brasil, entre os dias 27 e 29 de julho de 2022.
Data de início das inscrições e submissões
Data final para submissão de trabalhos
Divulgação das avaliações dos trabalhos submetidos
Data final para realizar inscrições
GT1 – O debate sobre a identidade cooperativa não se restringe a valores e princípios do movimento e da educação cooperativista, ele deve incorporar a diversidade de atores que percebem nas práticas cooperativas um compromisso com a promoção da igualdade social, que na América Latina precisa considerar os atributos de gênero, raça, etnia e geração como hierarquizantes das relações sociais. Neste contexto, o objetivo deste Grupo de Trabalho é estimular o diálogo acerca dos processos de educação e formação nas cooperativas, considerando as metodologias utilizadas e os mecanismos para promover a equidade na sociedade. Baseado nesta problemática, o GT acolhe trabalhos que, a partir de diversas abordagens teóricas e contextos empíricos, abordem os processos identitários e educativos em cooperativas, o reflexo dos princípios cooperativistas na cultura organizacional, além de pesquisas que associam uma das variáveis (gênero, raça, etnia e geração) e cooperativismo.
GT 2. O futuro e a resiliência das cooperativas dependem de seus modelos de governança e gestão e de sua capacidade de inovação nestes processos, condicionando a forma como essas organizações são dirigidas, monitoradas, operacionalizadas, se relacionam com os sócios, colaboradores e stakeholders e do acesso e a performance nos mercados. O objetivo deste GT é promover a sistematização e o diálogo interdisciplinar sobre esta temática, dando visibilidade a trabalhos que analisem aspectos diversos da Governança e da Gestão e as estratégias organizacionais de geração de valor, visando o fortalecimento das cooperativas em todos os ramos. Alguns tópicos são centrais nessa agenda: profissionalização da gestão; separação entre propriedade e controle; processo sucessório; estratégias gerenciais e mercadológicas; participação, relacionamento e fidelização dos sócios; Organização do Quadro Social (OQS); papel, composição e funcionamento dos conselhos e outras estruturas de poder; transparência, integridade e compliance; cultura organizacional; práticas e mensuração de ESG (environmental, social and governance); processos de intercooperação, redes de cooperativas e novos arranjos organizacionais entre cooperativas; e mecanismos de avaliação e métricas de desempenho
socioeconômico das cooperativas.
GT3 – O sétimo princípio – interesse pela comunidade – ratifica os compromissos das cooperativas e do movimento cooperativo com o desenvolvimento sustentável nos territórios onde atuam. Este GT tem como objetivo promover o intercâmbio acadêmico de teorias, experiências e efeitos das ações das cooperativas e do movimento cooperativo em relação ao sétimo princípio e ao desenvolvimento sustentável. Alguns tópicos dessa agenda: análise de experiências das cooperativas no desenvolvimento local; impactos das cooperativas em termos econômicos, sociais e ambientais; relações entre cooperativismo e objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS); papel das cooperativas na emergência climática e outras crises ambientais; iniciativas de organizações cooperativas relacionadas à abordagem territorial do desenvolvimento; cooperativas em processos de desenvolvimento sustentável; papel das cooperativas em sistemas de governança territorial; processos de gestão compartilhada de projetos de interesse comunitário; aspectos teóricos da relação entre cooperativismo e desenvolvimento sustentável.
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